sábado, 30 de abril de 2022

Mostra A Cena Negra Amazônica (2ª edição)

Mostra A Cena Negra Amazônica (2ª edição)




Nos dias 05, 06 e 07 de maio, será realizada a Mostra A Cena Negra Amazônica (2ª edição), que contará com apresentações de obras artísticas e debates sobre a temática afrodiáspórica com artistas-pesquisadores do Brasil. Para Jamile Soares, idealizadora do projeto, “realizar apresentações e debates com foco nas questões do povo negro é de suma importância para difusão dos conhecimentos para os habitantes da região amazônica, assim como uma forma de reparo social por tentativas históricas de nos invisibilizar”. Dentre as participações teremos artistas e coletivos dos estados do Pará, Mato Grossso, São Paulo e Rondônia (confira programação abaixo).

A segunda edição da Cena Negra Amazônica vem para enaltecer a cultura negra e por consequência a cultura amazônica e de todo o país, com obras artísticas, debates e roda de conversa que fortalecem o movimento negro amazônico, oportunizando a muitos artistas e ativistas negros e negras a mostrarem seus trabalhos e pesquisas, trocando experiências com pessoas de todo Brasil, inspirando muitas pessoas e levando informações primordiais para nossa sociedade. Faz-se necessário ter espaço para ecoar as vozes dos artistas e ativistas negros e negras, e como afirmava Lélia Gonzalez: “Em razão disto é ir à luta e garantir os nossos espaços que, evidentemente, nunca nos foram concedidos”.

As transmissões ocorrerão via plataforma digital, pelos canais do Teatro Ruante (YouTube e Facebook), com duração de até duas horas cada a dia. Os debates contarão com mediação e com intérpretes de Libras visando a acessibilidade da comunidade surda.

O projeto foi contemplado no Edital nº 32/2021/SEJUCEL-CODEC – 2ª Pacaás Novos Prêmio Para Difusão de Festivais, Mostras e Feiras Artístico-Culturais – EIXO II, Categoria I – Artes Cênicas.



PROGRAMAÇÃO


Dia 05/05: Curta-metragem Escreviventes – Coletivo Negro Universitário UFMT / MT
Escreviventes - foto Pedro Soares



Escreviventes é composto por performances poéticas de corporeidades pretas que revelam aspectos e sentidos de pessoas afrodiaspóricas com individualidades singulares, apresentando diversidades de escrevivências em que elas são o centro de um universo imenso de histórias pretas, materialidades e subjetividades presentes no cotidiano acadêmico. As performances revelam a pluriversalidade africana, brasileira e quilombola, nas expressões artísticas, lugar de pensamento e outras inscrições.

Ficha Técnica
Título: Escreviventes
Ano de produção: 2021
País: Brasil
Duração: 10 minutos
Classificação: 10 anos
Gênero: Biografias
Direção: Zizele Ferreira e Vinicius Brasilino
Roteiro: Zizele Ferreira
Gravação e fotografias: Luana Sampaio
Edição: Silvano Junior
Poetas: Lupita Amorim, Pedro Soares e Vinicius Brasilino
Fotos: Luana Sampaio, Luzo Reis e Júlia Tinan
Realização: Núcleo de Estudos e Pesquisas Sobre Relações Raciais e Educação - NEPRE
Produção executiva: Candida Soares da Costa, Filipe Silva e Zizele Ferreira

Sobre o coletivo
O Coletivo Negro Universitário da UFMT - Campus Cuiabá, Mato Grosso/ CNUUFMT tem por objetivo reunir discentes, docentes da Rede Básica de Ensino e Ensino Superior, servidores públicos e terceirizados e a comunidade externa à academia em torno da temática da Educação das Relações Étnico-Raciais e Educação quilombola, buscando contribuir para que seus integrantes ampliem a compreensão das dinâmicas sociais que envolvem a comunidade negra no âmbito local e regional no que diz respeito ao reconhecimento e valorização dos conhecimentos, das vidas negras e quilombolas e no combate ao racismo.
Contato: @cnuufmt


Espetáculo: Divinas Cabeças - 
Coletivas Xoxós / PA
Divinas Cabeças - foto Danielle Cascaes


Divinas Cabeças revela o protagonismo da mulher negra, em uma metrópole da Amazônia urbana, contemporânea e neocolonizada. No centro do processo de criação, uma questão-desejo de infância: “eu quero uma boneca que se pareça comigo! Que se pareça comigo...”. O espetáculo é fala cênica em resposta poética à pergunta-desejo da criança, mas também ao mundo em travessias pandêmicas, por entre ancestralidades, negritude, espiritualidade, diferença, cura. Enquanto Teatro Dadivoso e seguindo os princípios da bioescritura, do teatro ao alcance do tato e do protagonismo de mulheres em cena, as experiências de vida da performer se entremeiam a uma pergunta subliminar devolvida ao espectador: quantas cabeças pensam o nosso viver? Quem nos pensa?

Ficha técnica
Performance e Dramaturgia: Andréa Flores
Performance Musical: Leoci Medeiros
Direção Musical: Leoci Medeiros e Thales Branche
Direção Vocal: Thales Branche
Preparação Vocal: Tainá Coroa
Trilha Original: Thales Branche, Andréa Flores e Leoci Medeiros
Iluminação: Vandiléia Foro e Coletivas Xoxós
Ambientação Cenográfica e Figurino: Coletivas Xoxós
Confecção de Bonecas de Pano: Rejane Sá
Fotografia e Design Gráfico: Danielle Cascaes
Assessoria de Imprensa: Lucas Del Corrêa
Gerenciamento de Mídia: Lucas Corrêa e Yasmin Seraphico
Direção de Palco: Roberta Flores e Leoci Medeiros
Produção Audiovisual: Grazi Ribeiro
Direção Audiovisual: Alexandre Baena
Encenação e Direção Cênica: Wlad Lima

Sobre o coletivo
O Coletivas Xoxós é um coletivo de teatro de Belém-PA, existente desde 2014. Formado a partir da amizade e convívio entre mulheres de teatro, iniciou seu trabalho no ano de 2014. Desde então, foram produzidos seis espetáculos, sendo Divinas Cabeças o mais recente, em uma vertente que o coletivo chama de Teatro Dadivoso. O Coletivas Xoxós cumpre residência no Teatro do Desassossego, espaço cultural alternativo situado no porão de um casarão histórico do centro de Belém, e segue em atuação no que reconhece como três vertentes principais: as bioescrituras poéticas (histórias de vida em cena), o teatro ao alcance do tato e o protagonismo de mulheres amazônidas.
Contato: @teatrododesassossego


Dia 06/05: Aula de dança – Gu Ieladian / RO
Gu Ieladian - divulgação


Tutorial de uma coreografia, sentaDONA remix, uma música do estilo pop/bregafunk que está super em alta nas paradas músicais. A coreografia é baseada na original (coreógrafo Flávio Verne e do tiktok), com adaptações do canal da FitDance. Vai ser ensinado 50 segundos da música.

Sobre a artista
Gu Ieladian, amante da dança desde sempre (começou a dançar com É o Tchan), mas profissional como dançarina e professora de dança desde 2013. Já dançou em diversos eventos e lugares de Porto Velho, desde a Flor do Maracujá, Shopping, Mercado Cultural entre outros, já viajou para outros estados para concursos e workshops de dança (como Zumba, Kpop, FitDance), tendo até dado aula de dança fora do país (Irlanda, 2016). Já fez aula de diversos estilos de dança, mas atualmente trabalhando com FitDance e Danças Urbanas (como Jazz Funk).
contatos: @gieladian


Pocket Show – Sarah Soul / RO

Sarah Soul - foto Mateus Fidelis

Sarah Soul apresenta um show autoral com músicas inéditas que serão lançadas no seu próximo álbum chamado “correria”.

Sobre a artista
A cantora de 25 anos é natural de Porto Velho/RO e iniciou sua trajetória com a música muito cedo na igreja, influenciada pelas mulheres cantoras de sua família, sua mãe e tia. A artista vive da música há 5 anos fazendo shows em pubs, restaurantes, eventos corporativos e teatros. Ela canta e é inspirada por estilos como black music, jazz, blues, pop, r&b entre outros, e essas influências se refletem no seu trabalho autoral.
Contato: @sarahsoulmusic


Dia 07/05: Curta-metragem performativo Sobre pele, palavras e decomposição – Amanara Brandão Lube / RO
Sobre pele, palavras e
decomposição
- foto
Cleber Cardoso



No curta-metragem Sobre pele, palavras e decomposição, o recurso do hibridismo de linguagens é utilizado para a criação de uma "experiência audiovisual literário-performativa" de celebração do movimento, da poesia cotidiana e da indocilidade dos corpos. Com textos autorais apresentados através de cinco breves cenas, a autora constrói sua poética audiovisual através das palavras, das luzes, da musicalidade, da corporeidade e da atuação performativa.

Ficha Técnica
Direção, texto e performance: Amanara Brandão Lube
Câmera e montagem: Rafa Brito Correia
Trilha sonora: João Belfort
Iluminação: Chicão Santos
Atriz convidada: Flávia Diniz
Fotos: Cleber Cardoso
Locação: Espaço Tapiri
Produção: Amanara Brandão Lube

Sobre a artista
Amanara Brandão Lube (24/11/97, Porto Velho/RO), artista afroamazônida - Atua na cena teatral nacional desde 2014 com o grupo O Imaginário e desenvolve trabalhos independentes como escritora, produtora cultural, performer e artista-pesquisadora em Performance Art. Graduada em Licenciatura em Teatro pela Universidade Federal de Rondônia.
contato: @passarovadio


Show Derramagoa de Mulher – Clarianas / SP

Clarianas - foto Nego Júnior

"Cânticos de Cura, Proteção e Asè" Clarianas apresenta neste show, cânticos para evocar a força de proteção e cura que tanto necessitamos neste momento específico do país e do mundo.

Ficha técnica
Cantadeiras: Naruna Costa/Martinha Soares/Naloana Lima
Violão e Viola: Giovani di Ganzá
Violino e Rabeca: Carla Raiza
Baixo: Augusto Iúna
Percussão: Jackie Cunha
Arranjos: Giovani Di Ganzá
Direção Musical: Naruna Costa

Equipe Técnica:
Roudie/Cenógrafo e iluminador: Rager Luan
Produtor: Washington Gabriel
Estudio 185
Direção audiovisual: Beto Mendonça
Câmeras: Gabi Oliveira e Bruno Marques
Técnico de som: Gustavo Du Vale

Parcerias:
Figurinos: Casa Cléo e Ateliê Sal
Jóias: Arte Ameríndia (ponte da Alice Haibara com a arte das mulheres das tribos Kaiapó, Xucuru, funiô e do Xingu)
Fotos: Nego Júnior e Bia Verella

Sobre o grupo
Clarianas é um grupo de cantadeiras urbanas que investiga a voz da mulher “ancestral” na música popular do Brasil. A voz é o fio condutor que revela um amplo universo sonoro, genuinamente brasileiro, que vai desde os Cânticos indígenas aos Aboios Sertanejos, passando pelas Brincantes do Côco, Ladainhas do Catolicismo Popular, Sambas de Roda, Maracatus, Xotes, Rezas e Tambores Africanos.
Contato: @clarianasoficial


SOBRE A PROPONENTE DA MOSTRA A CENA NEGRA AMAZÔNICA

Jamile Soares - foto Adailtom Alves

Jamile Soares é produtora, atriz e palhaça com 8 anos de experiência cênica, integrante dos coletivos Teatro Ruante, Trupe dos Conspiradores e Cia Peripécias. Com o Ruante foi ganhadora dos Prêmios Funarte de estímulo ao Circo 2019, Prêmio Sesc de Incentivo a Arte Cênica 2018 – (2018); com o mesmo coletivo integrou a produção da Mostra de Repertório do Teatro Ruante (2017 e 2018), como atriz atuou em diversos espetáculos dos grupos citados como Era uma vez João e Maria... e ainda é, CIDADE GRANDE, joão ninguém e Um inimigo do povo. Mais recentemente, participou do Curso de Extensão Estudos em Teatro Negro (2020), Curso em Dramaturgia Negra (2020) e do Grupo de Extensão em Crítica Teatral da UNIR.


SERVIÇO:
O QUE:
Mostra A Cena Negra Amazônica (2ª edição)
QUANDO: Dias 05, 06 e 07 de maio de 2022 às 19h (horário de Rondônia)
ONDE: pelos canais do Teatro Ruante – YouTube e Facebook
MAIORES INFORMAÇÕES: (69) 99201-6765

quarta-feira, 13 de abril de 2022

Papos do Vale - programação completa

 

Neste mês de abril teremos a programação do Papos do Vale, que contará com apresentações de obras artísticas e debates sobre a temática LGBTQIAP+ com os artistas-pesquisadores, de forma a apresentar para o conjunto da sociedade as vivências e as histórias deste universo, de forma a informar e construir conhecimentos. Para Jamile Soares, produtora do evento, "esta é uma oportunidade significativa, pois o estado de Rondônia tem altos índices de violência contra essa população, o debate por meio da arte pode ajudar a compreender melhor este universo".

As transmissões ocorrerão via plataforma digital, pelos canais do Youtube e Facebook do Teatro Ruante (inscreva-se aqui). Serão dois dias de arte e muito papo, 22 e 23 de abril, que contará com intérpretes de Libras, permitindo o acesso à comunidade surda. Na programação serão quatro artistas: Alexandre Falcão, A Black Z, Lauri Silva e Lupita Amorim, além de relatos da comunidade.

O projeto foi contemplado no Edital nº 34/2021/SEJUCEL-CODEC – 2ª Edição Mary Cianne Prêmio de Produção Artístico-Cultural para Transmissões ao Vivo/Gravadas – Eixo II, Categoria B.



Programação

Dia 22 de abril – 19h (horário de Rondônia)


Alexandre Falcão – Migrações
Migrações - Foto Raíssa Dourado


Sinopse: Um artista, uma pessoa como outra qualquer. Uma década e milhares de quilômetros separam-no de distintos relacionamentos, ao longo do tempo e do espaço. Uma fração da vida em cartas, canções e poemas de amor. Imagens e marcas no corpo e na história. Relações afetivas são belas ou ridículas? O público escolhe, a cada momento. Quem nunca?

Ficha técnica
Direção: Alexandre Falcão e Raissa Dourado
Montagem e Finalização: Raissa Dourado
Fotografia: Raissa Dourado
Imagens de arquivo: Samara Costa
Atuação: Alexandre Falcão
Músicas: “Canção da Despedida” (Alexandre Falcão). Harmonia e violão: Thiago Silva.
“Eis aqui o Morto” (Anderson Benvindo)
Trilha original: Anderson Benvindo

Minibio: Alexandre Falcão é artista de teatro e se aventura também pelo audiovisual e pela música. Formado como ator pela Escola Livre de Teatro de Santo André – ELT, atua como docente no Departamento de Artes da Universidade Federal de Rondônia – UNIR e é mestre e doutor em Artes pela Universidade Estadual Paulista – Unesp.


Lauri Silva – Palestra com o tema História e Interseccionalidade: O Movimento LGBTQI+ em Rondônia (1990 a 2021)
Lauri Silva - divulgação



Minibio: Mulher trans afro-ameríndigena. Licenciada e bacharela em história pela Universidade Federal de Rondônia; Psicopedagogia; Mestrado em história e estudos culturais pela Universidade Federal de Rondônia. Atualmente doutoranda no Programa de Pós Graduação em história da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e graduanda em Serviço Social (UNINTER). Membra do Centro de Referência a História LGBTQI+ do Rio Grande do Sul. Membra da Rede LGBT de Memória e Museologia Social.







Dia 23 de abril – 19h (horário de Rondônia)

Lupita Amorim – Quarinterna
Lupita Amorim - foto @rodoluiz


Sinopse: A introspecção intensa da própria mente forçada pela quarentena inesperada obriga a pessoa a se tornar mais íntima dela mesma, passando por um processo de autoconhecimento nunca antes imaginado.

Minibio: É multiartista enquanto atriz, modelo, dançarina, poetisa, graduanda em Ciências Sociais na UFMT. Divide sua vida e produções entre a universidade, militância e arte, pautando a partir de suas movimentações as urgências da população travesti preta, pobre e periférica.







A Black Z – Pachamama
A Black Z - foto Édier William


Sinopse: A Amazônia está em chamas. O clipe Pachamama é um manifesto contra esse ecocídio.

Minibio: Anderson Ferreira, filho de mãe solo, é maranhense e tornou-se rondoniano de criação e coração. Adotou como nome artístico A BLACK Z e tem múltiplos talentos: é cantor, ator e preparador vocal. Atua no cenário artístico de Porto Velho/RO realizando tributos e covers, atuando em peças teatrais e apresentando-se em diversos eventos culturais. Atualmente trabalha na criação do seu segundo álbum autoral que se chamará “Paraíso”.



Sobre a proponente
Jamile Soares - foto Adailtom Alves

Jamile Soares é produtora, atriz e palhaça com 8 anos de experiência cênica, integrante dos coletivos Teatro Ruante, Trupe dos Conspiradores e Cia Peripécias. Com o Ruante foi ganhadora dos Prêmios Funarte de estímulo ao Circo 2019, Prêmio Sesc de Incentivo a Arte Cênica 2018 – (2018); com o mesmo coletivo integrou a produção da Mostra de Repertório do Teatro Ruante (2017 e 2018), como atriz atuou em diversos espetáculos dos grupos citados como Era uma vez João e Maria... e ainda é, CIDADE GRANDE, joão ninguém e Um inimigo do povo. Mais recentemente, na condição de discente, participou do Curso de Extensão Estudos em Teatro Negro (2020), Curso em Dramaturgia Negra (2020) e do Grupo de Extensão em Crítica Teatral da UNIR.