![]() |
Sarau em comemoração do dia da criança - 12/10/2019 - Casa Ruante. Foto Rosângela Descry. |
Mesmo diante desse cenário, o Teatro Ruante chega a cinco anos de muita atividade em Porto Velho, cidade em que aportou desde 2015. De lá pra cá, não foi pequeno o esforço de manter-se de pé, também não foi pouca nossa produção. Por isso há que se comemorar.
Em 2019, em fevereiro o grupo circulou por Poconé/MT com seu espetáculo Cabaré Ruante e uma oficina de palhaço. Em março inaugurou seu espaço, Casa Ruante, local em que o coletivo ensaia, pesquisa, pode guardar seus materiais, mas também oferece ao público em geral oficinas de teatro, circo (técnicas circenses: acrobacia de solo, perna de pau, malabares etc.), palhaço e contação de histórias. A Casa Ruante foi inaugurada em abril com duas exposições: O amor é filho do tempo de Elisabete Christofeletti e Nós que aqui estamos, por vós esperamos de Nilson Santos. Tivemos cursos de espanhol e inglês através do teatro em agosto e setembro respectivamente, com o professor Júnior Lopes. Além disso, foram realizados sete Saraus. O sarau é um espaço de encontros e de possibilidade de expressão, com pouca distinção entre público e artista, pois se os artistas experimentam pequenas cenas, o público também pode se expressar dizendo seus poemas, cantando ou performando como quiser. O Sarau é um ambiente de livre expressão. Ainda em dezembro recebemos a feliz notícia que fomos contemplados com o Prêmio Funarte de Estímulo ao Circo 2019, na categoria B2 com o Projeto PalhAçaí.
Ainda em 2019 não paramos nossa criação. Duas cenas curtas foram produzidas: Ofélia-Pátria, criada a partir de um fragmento de Hamlet-Máquina de Heiner Müller e Cotidiano-Mulher, texto de Andressa Ferrarezi e interpretação de Selma Pavanelli. Ambas as produções foram apresentadas na Casa Ruante, participaram do Mercado Performance-Arte de Porto Velho e da Mostra Tapiri. Além disso, Cotidiano-Mulher participou do Festival Elas Por Elas em Porto Velho e Natal/RN, sendo que, por aqui, ficou em primeiro lugar na categoria teatro e em Natal (encontro nacional) em segundo lugar.
Encerramos 2019 com a Mostra das Oficinas ofertados na Casa Ruante, em dezembro, com a participação dos estudantes dos cursos da Casa Ruante. Além disso, o grupo, a convite do SESC participou de um debate sobre o filme Mateus, que ocorreu no dia 06 de dezembro de 2019.
![]() |
Estreia de A muy lamentável e cruel história de Píramo e Tisbeno SESC Porto Velho |
Ainda em 2018, o grupo participou de alguns festivais, como o maior festival de multilinguagens do Brasil, promovido pelo Sesc, nas cidades de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo no Rio de Janeiro. Além disso, o coletivo foi ao Festival Matias de Teatro de Rua (AC) e três festivais no estado: Festival Palco Giratório (Porto Velho), Festival Amazônico (Vilhena) e Festin-Açu (Guajará-Mirim). Ainda nesse ano realizamos uma pequena temporada do espetáculo Cabaré Ruante.
Nesse mesmo ano, 2018, um dos integrantes, Adailtom Alves, ganhou o Prêmio Funarte de Dramaturgia, na categoria infantojuvenil pela Região Norte, com o texto Pedro.
2017 é marcado pela montagem de Cabaré Ruante e por uma pequena temporada. O grupo participou com sua contação de histórias da programação do Museu Casa Dom Aquino em Cuiabá/MT. Participou também com seus espetáculos da Aldeia Pantanal das Artes em Poconé/MT e dos festivais Matias de Teatro de Rua (AC), Amazônia Encena na Rua (RO), Festival Palco Giratório (Porto Velho e Ji-Paraná/RO); realizou a primeira temporada de contação de histórias no Parque da Cidade.
Foi também nesse ano que o grupo realizou sua 1ª Mostra de Repertório, com três espetáculos, contação de histórias, um debate sobre os 50 anos do livro A sociedade do espetáculo de Guy Debord. A Mostra contou também com um grupo convidado, o Dá o Bote.
O/A Coisa - Era uma vez João e Maria... e ainda é. |
2015 marca sua chagada à Porto Velho. O Ruante realiza a remontagem do espetáculo Que Palhaçada é Essa Aqui?, que havia montado em 2006 na cidade de São Paulo, onde o grupo foi criado. O espetáculo, criado em família, parte das entradas e reprises clássicas de palhaço e teve sua estreia em Corumbiara (RO), no assentamento da antiga fazenda Santa Elina, que foi palco de conflitos em 1995. Depois foi apresentado também em Porto Velho, no Azul Com Laranja. O espetáculo marca a chegada e o início da contribuição do Ruante com a linguagem circense no estado de Rondônia.
Esse pequeno relato deixa de fora muita coisa: os encontros com os artistas locais e seu acolhimento, a chegada de novos integrantes, as dificuldades cotidianas e a festa a cada encontro com o público rondoniense.
Nenhum comentário:
Postar um comentário